Para aliviar a alma e incrementar palavras...
Bem vindos ao delicioso Pudim de Letras, onde a receita é simples: Bom humor, criatividade, esperança e nem um pouquinho de preconceito.

14 maio, 2013

Desafogando.

Tem vezes que eu tenho tanto para escrever que nem meus dedos sabem por onde começar. 

12 junho, 2012

Um dia dos namorados diferente.

Eu ainda posso sentir um pouco das coisas que se passavam na minha cabeça e no coração quando escrevi aqui, em 12 de junho de 2008: "Não queria só jantar e fazer juras de amor. Queria um pedido de casamento! (!!!) É sério." 
Convencida de que eu tinha o melhor companheiro do mundo sem importar como, em 16 de junho afirmei, sem tristeza: "Não fui pedida em casamento. Mas eu AMEI o jantar de namorados. A luz das velas no restaurante Don Pascual, morrendo de rir e curtindo mais uma noite surpreendente."
E ainda sinto, como se fosse hoje, o mesmo arrepio e olhos úmidos como na primeira vez que ouvi "Dia Branco". Em 19 de fevereiro de 2009, eu já tinha certeza da minha escolha e mais uma vez compartilhei aqui no Pudim a minha insistente vontade de casar: "Quando eu casar, elas já estão escolhidas: Essa é para eu entrar na cerimônia com um vestido simples, só uma corzinha nas bochechas e morreeeeeeeendo de chorar".


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Você acredita se eu escrever agora que estou MUITO emocionada ao reler essas coisas?


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ACONTECEU!!!




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Hoje, 12 de junho de 2012, fazem 10 dias que jurei diante dos nossos nossos amigos e familiares que eu quero passar o resto da vida tropeçando nas meias dele, jogadas no canto da cama. =)


E foi PERFEITO, mais do que sonhei, mais do que imaginei e exatamente como tinha que ser. Esse dia estava guardado pra nós dois, sem pressa. 


E quer saber mais? Eu fiz questão de um vestido simples, só uma corzinha nas bochechas e entrei ao som de Dia Branco cantando de verdade, no mais profundo do meu ser, tudo aquilo que a letra diz.


Os votos que minha madrinha-amiga esqueceu de levar, não era pra ser ditos naquele dia...


Eles eram pra ser ditos hoje. Bem assim, ao pé do ouvido.



"Você deixou claro desde o início que a vida não precisava de regras! Eu aceitei, mas não entendi...
Livre, abri as portas do meu coração e deixei minha vida ser embalada pelo seu ritmo incansável... Nesse ritmo, entendi que o amor é feito de liberdade.
E assim, sem premeditações, cada dia casamos um pouquinho.
Hoje é dia de festa! Estamos aqui oficializando o casamento que começou a quase 7 anos atrás...
O dia de hoje não vai mudar a nossa vida ou o nosso status. É a celebração do nosso amadurecimento e descoberta de que o amor é fundamental, mas não basta.
É dia de dizer, pra todas essas pessoas, que eu escolhi você!...
...porque me faz enxergar o lado bom das coisas e das pessoas e isso me faz valorizar a família e viver rodeada de muitos amigos.
... porque você usa as mesmas calças verde quartel. Comprovando que a sua essência não se perdeu.
... porque você deixa as meias jogadas no canto da cama e todas as gavetas abertas.
... porque você ri das besteiras que eu falo e respeita as minhas neuroses.
... porque me sinto livre, como se estivesse sempre na garupa da sua moto de braços abertos. Dá pra entender?
Mas principalmente, porque mesmo sendo charmosamente desajeitado, aceitou a Jujú e diz sim todos os dias para a nossa família.
Hoje consigo entender claramente tudo o que você dizia sobre as regras. Não importa papel, assinaturas, contratos...
O que importa hoje é a minha certeza... Certeza absoluta de que eu quero passar o resto da vida tropeçando nas suas meias jogadas no canto da cama."



E vai ser pra sempre... 

12 fevereiro, 2012

Crescimento.

Sempre tive muito medo da possibilidade desse tal crescimento, que nada tem nada a ver com envelhecer, ter uma promoção no trabalho ou subir num salto alto. 
Crescer - do jeito que eu to dizendo - é enfrentar os obstáculos sem correr pro colo de alguém para amenizar a dor.
É passar a não ter mais medo, ainda que ele persista em chegar de vez em quando.
Eu jamais abraçaria um amigo num velório e nem ligaria para dar uma força mesmo quando não se tem o que dizer, não receberia um diagnóstico de saúde sem ligar correndo para meus pais e nem ao menos estaria aqui completando a 6ª noite ao lado do meu marido recém operado em tempo integral.
Antes eu não saberia fechar os olhos e agradecer, mesmo não sendo como eu gostaria que fosse esses 4 meses antes da minha maior empolgação. Hoje eu sei.
Provavelmente a essa hora eu estaria murmurando sobre o quanto é injusto tudo isso logo agora. Mas não! Nada disso. Esse tal crescimento me ensinou a sorrir na dificuldade e realmente enxergar todos os motivos para isso. Me deixou calma, racional e me trouxe paz.
Ainda estou em processo de crescimento, deixando de ser mimada e aceitando o improvável. (e também sendo paciente exatamente agora enquanto eu escrevo e o marido me chama mais uma vez.)
Hoje eu consigo planejar sem medo, ainda que eu não faça idéia de como será o amanhã. 






17 novembro, 2011

A minha verdade.

Não divulgo em redes sociais nenhuma inverdade. Vivo a minha verdade, dentro daquilo que possuo e escolhi. 
Na grande maioria das vezes peco ao escrever demais e falar de menos. 
O fato é que nunca precisei ser fofa, bajuladora até a última gota e ligar para os meus amigos todos os dias pra provar que eu os amo. Os de verdade, me aceitam do jeito que sou.
Não mudo meu ritmo, não mudo minhas escolhas, não mudo minhas regras, não mudo meus sentimentos! Não faço nada além do que acredito, ainda que troque de "crença" algumas muitas vezes.
Gorda ou magra, com espinha, na tpm, com ou sem maquiagem, com um vestido velhinho ou com um super vestido novo, de chinelo, salto ou despenteada... prazer, eu sou a mesma Nubia de sempre.
Independente de todas essas pequenas coisas que enchem de frufru apenas o eu exterior. Prazer, eu sou só sorriso.
Vou enfeitada de mim mesma e batendo palma porque mesmo tão cheia de falhas, medos e insegurança, sigo vestida de humildade, carisma e delicadeza.
Já no exterior, na casca, eu enfio qualquer coisa no pé, qualquer vestido leve - afim de esconder o que sobra da barriga -  e vou ali ser feliz, sem volta.
Ainda que exista vida além do cabelo escovado, do carro do ano, da roupa de marca, da ignorância e dos inúmeros amigos que acreditam na inverdade que se expõe na rede social, ainda assim eu não troco por nada minha vida de verdade, meus sentimentos de verdade, meus amigos de verdade, minha alegria de verdade e minha simplicidade de verdade.
Porque sabe o que se leva dessa vidinha medíocre daqui? Todas os inúmeros pertences que se escondem por trás da casca. Sejam eles positivos ou negativos. Viu o tamanho da responsabilidade?

17 outubro, 2011

Ainda bem...

...que quem me conhece sabe que eu minto.

http://sitioveredas.blogspot.com/2011/10/fernanda-diego.html

Desapegar? Oi?

26 setembro, 2011

Desapego.

Desapegar: Fazer perder a afeição, perder o interesse, o empenho por; largar; soltar-se; desagarrar-se.

No dicionário parece fácil. Aperta o botão e vira a página. Na vida real e especialmente para mim o desapego tem sido muito doído.

Faz uma semana que encerrei as minhas atividades no Sítio Veredas.

Como forma de grito por uma vida mais independente e dentro dos padrões de um ser humano normal, que não tenta abraçar o mundo, centralizar tudo e fazer mais do que aguenta, eu resolvi virar a página. Resolvi seguir meu rumo, que na verdade nem eu sei qual é... 

Como tudo na minha vida, a borboleta sempre em metamorfose ambulante, decidiu cortar o cordão umbilical sem nada previamente pensando, estudado ou planejado e apertou com pressa o botão OFF sem ao menos se despedir.


Optei em passar mais tempo com minha filha, em sorrir quando meu marido chega em casa, em me dedicar à faculdade, escrever, pesquisar sobre as coisas que eu gosto, optei em um pouquinho de tempo de sobra sem querer me enfiar debaixo do edredom e dormir, dormir, dormir...


Mas o que mais dói é que também optei em não sentir frio na barriga antes de começar um evento, optei em não ganhar um abraço de agradecimento após uma festa, em não estar presente nas festas que faço há 5 anos... em não colocar um fru-frú na caipirinha, um cheirinho no banheiro, uma mesa de café da manhã bonita... 

Estou em breve luto. Não por estar infeliz, mas por morrer de dó de passar adiante o meu jardim, tão cheio de flores e lindas histórias cultivadas durante todos esses anos.

Encontro-me inteiramente disponível para mudar o rumo da prosa e fazer com o mesmo carinho tudo o que eu fiz por aqui. O portfólio vocês já conhecem... 

16 agosto, 2011

TPM.

Eu até resolvi vir aqui para afogar as mágoas e escrever muitos desaforos...
Mas algo me diz que nesse estágio feminino, é melhor nem começar né?


04 julho, 2011

Amor bom, é amor fácil.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado. (Ivan Martins - editor da revista Época)

Amor bom é amor de novela. Fácil, exagerado, bonito e no final sempre termina com aquele clima de família em festa, acompanhados de seus bebês gorduchos. 
Amor assim, que se é correspondido sem precisar falar nada, sem precisar chegar junto e fazer cena, sem precisar escalar o tal muro da indiferença.
Amor onde a primeira conquista é o olhar, aquele que sem dizer nada, diz tudo. Olhar que deixa claro que você já pode acompanhar.
O amor não é nada discreto. É gigante, sem vergonha, que grita, canta, dança e comemora!
É não precisar esperar... e nunca ter que voltar ao fim da fila para assumir um novo papel.
É cúmplice, correspondido em dose dupla, sem sustos.
Definitivamente o amor não é um campo de batalha. É natural, sem guerras.

Se é que existe amor de novela é esse que quero pra mim. Amor com iniciativa, inteiro... sem que se corte os laços por medo de estragar.

Cafona ao extremo. Com direito a música, apelido, poesia e indiscrição. 

Desculpa, mas se não for assim não quero.

03 junho, 2011

Paiê.

É um dos meus maiores amores!
Tanta afinidade e exatamente iguais em caráter, gênio e simplicidade.
Meu pai é um homem de respeito. Inteligente, sensível, de gargalhada fácil, com um sorriso lindo que me faz lembrar minha vó...

Tão sensível que ainda guarda com ele o jornal amarelado que lia na sala da espera no dia que nasci e diz com os olhinhos brilhandos que ele sonhava comigo antes mesmo de eu existir.
É amor de transbordar o coração, é orgulho de encher o peito. Como posso não me emocionar escrevendo sobre ele?

Me ensinou a respeitar as pessoas, ouvir boa música, ter humildade, fazer planos, preparar o futuro... ele também me ensinou a economizar, mas essa parte eu ainda faço questão de não aprender. ;-)

Ele está do meu lado sempre. E esteve mesmo quando não fazia idéia da próxima besteira que eu ia aprontar.
E mesmo que em alguma época da vida eu tenha achado seus discursos incansáveis um pouco falido, hoje passo adiante com credibilidade e toda a certeza de que era  amor.

Me protegeu enquanto pôde. Me protege hoje, que eu sou extremamente dona do meu nariz e com idade suficiente para ser responsável pelos meus atos.
Estende o abraço e o conforto à minha filha, que infelizmente não teve a mesma sorte de ter um pai como o meu. É pai-vô em tempo integral e ama como a mesma intensidade a extensão de mim.

Hoje é dia de festa! 
Eu, ele e a nossa família vamos jantar juntos. O prato principal é o feijão com tudo dentro, que ele - também - me ensinou a gostar. Comemorar mais um ano de vida dele, com mesa cheia, arroz e feijão, gargalhadas, histórias, causos, vida! Muita vida!

04 março, 2011

Foliã.

Ela nasceu em vinte e quatro de março de dois mil. Um pouco depois do carnaval.

E eu me lembro bem quando o médico veio ouvir o coração pela última vez, de dentro da minha barriga. Comparou as suas batidas, à bateria da Mangueira a todo vapor no carnaval.

Com os meus recentes dezessete anos, foi a primeira vez que eu me senti mãe. Ali, na ante-sala de parto, eu tinha certeza absoluta que estava a poucos minutos da estréia de uma pequena extensão de mim.

Muitas dores, muito medo, nenhum juízo e uma única certeza: a escolha era minha.

Trinta e seis semanas, quase nenhuma barriga, muita dor, culpa...

Raiou a luz na sala de parto. Envergonhada pela minha nudez, num choro contido, quase sem lágrimas, estreou Anna Julia.

Pouco peso e dona de uma saúde invejável. Estranha a sensação que senti a primeira vez que a peguei no colo. Era minha! Eu não queria devolver pro berçário.

Olhava os dedinhos, as orelhas... Fiquei um tempo considerável na porta do berçário, eu e ela. Senti uma coisa única. A boneca que eu tanto brincava na infância, agora tinha criado vida!

Já se passaram onze longos anos. E eu quis muito que ela crescesse logo para não precisar mais da minha ajuda no dever de casa, para eu não ter que escolher a roupa depois do banho, para eu não ter que decidir tudo por ela. Na verdade eu queria que ela não me desse mais nenhum trabalho.

Ora, ela cresceu! Tem vida própria!

E eu ensinei muitas coisas que serviam para “se virar sozinha”. Ela insiste em não querer aprender, porque tudo o que ela mais quer é estar sempre em minha companhia.

Só que hoje, aos quase onze, ela debate, fala o que sente, escreve e é intensa, assim como eu.

E não sei se é correto repreender, fazer sermão, garantir que eu to fazendo alguma coisa e deixar se perder a leveza da minha foliã tão cheia de vida, criatividade e autenticidade.

Se ela não fosse quase do meu tamanho eu pegava pelo braço e levava para brincar de pique - esconde, andar de bicicleta, correr e gastar bastante energia. Mas hoje, depois da minha insistência para ela crescer, ela acha tudo tão chato, tão óbvio, tão sacal e uma grande “pagação de mico”.

É nessas horas que eu queria muito que a sua infância inocente voltasse com toda força, e rever pequenininha, dando os primeiros passos, sujando muitas fraldas e me fazendo acordar de mau humor todos os dias às seis da manhã.

É carnaval, e deu uma saudade absurda daquele primeiro barulho, que parecia mesmo a bateria da Mangueira estremecendo para entrar na avenida e se fazer campeã.